Hoje, no consultório médico, uma das perguntas feitas para o preenchimento da ficha cadastral era: Qual a sua religião? Enquanto eu aguardava, presenciei outros dois pacientes serem questionados, entre outras coisas, sobre qual era sua opção religiosa. Ambas respostas foram iguais: católico.
Mas não foi isso que me chamou a atenção não, mesmo porque eu sei que a opção religiosa predominante no Brasil é (teoricamente) o catolicismo. Foi a maneira como as duas pessoas responderam que me desviou da minha leitura... Sabe quando o garçom diz que não tem guaraná, e pergunta se pode ser kuat, e a pessoa responde "Ah pode ser..."? Sei lá, talvez se a pergunta fosse "Pra qual time você torce?" as pessoas responderiam com um pouco mais de assertividade. A sensação que dá é que as pessoas se dizem católicas só por dizer, sabe?
Desde que eu passei a ser responsável pelas minhas escolhas, costumo optar por não ir à missa, apesar de ter sido criada dentro dos costumes católicos. Absolutamente nada contra, simplesmente não consigo me ajustar aos dogmas e aos rituais.
Pra mim está claro que, se você é católico e usa camisinha, não significa que seja um pecador que mereça arder no mármore do inferno. Mas, se você é católico e usa camisinha (ou outro método contraceptivo que não seja a abstinência), sua prática diverge dos princípios do catolicismo. E ai, meu amigo, de duas, uma: ou você repensa suas atitudes ou se esforça um pouquinho pra deixar a hipocrisia de lado, e tenta entender o cerne desse dogma tão retrógrado da Igreja Católica.
No fundo no fundo, a sensação que eu tenho é que, além do futebol, ninguém leva nada a sério. Seriedade virou sinônimo de chatice ou excesso de criticidade.
Mas o livre arbítrio tá ai pra isso. Seja hipócrita, seja ingênuo com liberdade, afinal, tudo é relativo. ¬¬
Nenhum comentário:
Postar um comentário