segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Da Janela.

Silêncio. É tempo de mudanças.

Da janela, o que você vê?

”mar”


O que tem lá fora que falta por dentro? A cortina, está fechada?

Let it be. Maybe not from the window. Open the door and go.

”praia”


Segunda feira. Lundi.

Na verdade, não é o que está por dentro, nem o que está por fora, mas sim o que divide e o que mistura que realmente faz a diferença. Sem a diferença a tendência é ficar tudo igual.

”chuva


Não se iluda. Não é fácil.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Malas prontas? Acho que não.

Viajar é tudo de bom. Mas por que arrumar a mala é tão difícil, hein?
Nunca sei escolher as coisas e sempre acho que tô esquecendo coisas importantes.

Que roupa eu levo? E se chover? Esfriar acho q não esfria....Né?

Shampoo, condicionador, sabonete, creme hidratante, desodorante, pente, escova de dente, creme dental, biquini, chinelo, sandália (baixa e de salto)... Tem ainda carregador de celular, pen drive, Ipod... Tenho q escolher os acessórios tbm, brincos, pulseiras, anéis...Tenho q organizar minha farmácia de viagem ainda... ixe! Será q falta alguma coisa?



Putz! Tô cansada já... Dia cheio... Espero não me esquecer de nada!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Enfim.

O que estamos fazendo aí, na frente do computador? 

Você poderia estar em algum outro lugar, fazendo alguma outra coisa?

Fato: passar o dia na frente do computador aglutina todos os neurônios.

Enfim.

Preguiça

Preguiça é algo terrível. Pelo menos pra mim. Quando bate aquela coisa de largar o corpo e os olhos, nossa... Fico até de mau humor.

Gosto do dia, do sol, do movimento. Mas hoje está difícil. A maratona começou cedo, acordei antes do necessário, e a energia rendeu até a hora do almoço, depois já era. Tô ensaiando sair fazer várias coisas, mas os olhos insistem em grudar as pálpebras.

O que que eu faço, hein? A preguiça pode perseguir a gente independente de se ter tempo e disponibilidade pra fazer nada. Onde posso buscar energia pra aproveitar o tempo ao invés de perdê-lo largada por ai?


Esse lance de dolce far niente é bacana quando não é culpa da preguiça.

Pode ser só uma questão de iniciativa. Mas a preguiça é devastadora e pode acabar com a vontade.
Idéia: banho. Rá. Mas e se começar a chover?

Vou tentar, acho que já é alguma coisa.

See ya.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mudando Paradigmas da Educação

Changing Education Paradigms.

L'évolution des paradigmes Education.
 
Byta
utbildning paradigm.
 
Veranderende
Onderwijs Paradigma.
 
Athrú
paradigms Oideachas.
 
Ändern
Bildung Paradigmen.



 Só isso ^^

Criança, a alma do negócio.

Sociedade capitalista. Ok, é nela em que vivemos, por isso vamos seguir em frente. Mas, até que ponto estamos passando por cima de valores com o objetivo de ganhar cada vez mais? Aquela velha história do ter acima do ser.


Qual o valor do trabalho, o valor do dinheiro? Como controlamos nossos ganhos e nossos gastos? Como escolhemos aquilo que compramos? Como escolhemos os serviços que contratamos? Como lidamos com a relação do dinheiro com as crianças? Qual o critério? Em quais valores nos pautamos?

SOCIEDADE DE CONSUMO. Agora, e quando as crianças só conseguem pensar nisso?


Ao invés de julgar aquelas crianças adoráveis dos supermercados e dos shoppings, sugiro uma breve reflexão.

"Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? 
Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? 
Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? 
Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cinco anos? 
Por que meu filho sofre tanto se ele não tem o último modelo de um celular? 
Por que eu não consigo dizer não? 
Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho sempre quer mais. 
De onde vem este desejo constante de consumo?"



Eu sugiro o documentátio na íntegra Criança, a alma do negócio.  
A reflexão é válida pelo simples fato de abrir novos horizontes. Mas, é preciso estar disposto a isso. Estamos todos no mesmo barco e precisamos saber pra onde a maré leva e pra onde queremos remar.

Fica a sugestão.

See ya!




                                                                  

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

.Tributo à Rep Minhas Amiga.



Um vídeo faz toda a diferença. Assim como em outros momentos, as fotos se fazem imprecindíveis. Com essas meninas, vivi muitas coisas inéditas! A casa das 14 mulheres + agregados(as), a rep Minhas Amiga! E além da mulherada, teve a cachorrada!

Primeiro veio a Jolie...

”dog


Que foi crescendo....

”dog


E depois ela foi embora pra casa da Carol em SP.

”dog


Ai teve o Polenta, Inu.

”dog  

Que esteve só de passagem... mas foi o bendito fruto entre as mulheres....

... Até a chegada do Harry! ^^
”dog


Ele foi nosso companheiro e guardião até o fim, quando cada uma foi seguir seu caminho...

"Nostalgia é um sentimento que surge a partir da sensação de não poder mais reviver certos momentos da vida." 

Mas o melhor de tudo mesmo é ter boas lembranças. 

”mural”



Minha mãe me mima.


A Mafalda sempre tem sacadas incríveis, não é? “Ensine pra gente coisas realmente importantes”. Está é o papel do professor no processo de aprendizagem: proporcionar o contato com coisas importantes, relevantes para o desenvolvimento das crianças, considerando que o conhecimento é o resultado da construção do próprio indivíduo. O desenvolvimento da autonomia moral e intelectual dos alunos depende do quanto os mesmos se sentem seguros para tomarem decisões em suas vidas. 

Pense em educar para a autonomia, e não para a domesticação.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Loja do Conhecimento.

”mafalda” width="350"

Escola: loja do conhecimento.

Domingo e Futebol.

Domingo. Praia e futebol. Por aqui, normalmente é assim.

Hoje é dia de clássico do futebol paulista. Santos x Corinthians. E isso significa um misto de espetáculo e (muita) rivalidade. Futebol é um esporte que mobiliza o brasileiro. Em época de copa do mundo, jogos da seleção viram pretexto pra sair mais cedo do trabalho, pra não ter aula na faculdade, pra beber cerveja, pra juntar os amigos. 

Curto futebol. Gosto de ir pro estádio. Se for o caso, xingo o juiz, o técnico, e até o jogador quando fica fazendo firula ao invés de jogar futebol. Eu acompanho, conheço as regras, e não sou do tipo “fanático retardado” que não consegue avaliar quando seu time não tá indo bem, e quer a vitória a qualquer custo.

Mas confesso que eu ia achar legal se a gente se mobilizasse diante de outras coisas também.

Tem o Sarney.
Tem o Tiririca.
Tem gente porca que joga lixo na praia...


Sei lá. Mó saco, né? Dá trabalho... E trabalho já basta aquele regular, de segunda à sexta.
E pensar também cansa, pô! 

Bora pro sofá esperar o jogo começar, porque amanhã já é segunda feira de novo... 

¬¬




sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sábado.

Tô num daqueles dias que falta vontade pra escrever algo reflexivo. Hoje é sábado e tudo que eu queria era não estar na frente desse computador. Queria companhia. Passear de mãos dadas na praia. Pegar sol na beira da piscina. Tomar frozen yogurt, assistir a um filme, jogar vídeo game. Só de pensar em tudo isso fico de mau humor. Mas daí logo passa. Ou não.

Tem dias que esse lance virtual enche o saco, ou é só comigo? Você tem um monte de “amigos” no Facebook, não sei quantos contatos no MSN, mas não dá vontade de falar com ninguém. Tá, até dá vontade, mas seria bacana se fosse pra combinar de sair, de fazer alguma coisa outdoor. Mas, é cada amigo num canto, gente trabalhando, gente namorando, que só resta o papo virtual mesmo. Saco.

Ahh, isso sem contar a fase atual de contenção de despesas. Cartão de crédito tá cheio de gastos e preciso economizar pras próximas idas e vindas. Até a chegada do próximo salário, preciso administrar os resquícios do último. 


Sábado: dolce far niente.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Toda regra tem seu preço.

Regras existem. Um motivo simples? O combinado não sai caro.

Dentro de um condomínio, por exemplo, existem regras para o uso do salão de festas: agendamento de datas para evitar que dois moradores queiram usá-lo no mesmo dia; custo sobre quebra ou sumiço de utensílios; taxa de manutenção de limpeza. Entretanto, conheço condomínios que não têm esse tipo de regra, pois não tem necessidade. Prédio novo, poucas utilizações dos espaços coletivos. Por enquanto, o uso desses espaços é feito de maneira harmoniosa.

Ah, daí então aparece um fator importante: a necessidade. Sempre que pode haver alguma divergência, seja de opiniões, seja de modos de fazer, seja de prazos, se faz necessário criar regras. Viver em sociedade é isso. Saber seus direitos e seus deveres, suas responsabilidades, e todas as regras que as margeiam.

Como pedagoga, valorizo as regras. Entretanto, sou capaz de reconhecer momentos em que elas não são necessárias. Adulto adora criar regra pela regra, incrível. E muitas vezes, justifica a regra do “pode, não pode” simplesmente porque é feio ou porque vai deixar a mamãe triste, etc. etc. etc.

Esses dias, andei pensando em como a ausência (do cumprimento) de regras podem prejudicar algumas relações. Principalmente aquelas que envolvem dinheiro. Fica evidente a necessidade de regras. Fiquei pensando em como tem um montão de coisas que a gente compra sem nota fiscal. Exemplo: há algumas semanas comprei 2 shors por R$25,00. Os dois eram (supostamente) do P tamanho, mudando apenas a cor. Na loja, provei um deles e boa. Baaaita negócio. Chegando em casa, tirei as etiquetas e os coloquei na gaveta. Usei o preto primeiro. Supimpa. Nesse calor, shorts soltinho e confortável é uma beleza pra usar no dia a dia. Agora, minha surpresa veio quando fui usar o shorts roxo. Ele era 3 dedos mais largo do que o preto. Putz, como que eu não percebi isso na hora da compra? Não percebi, ué, confiei no que dizia a etiqueta. Fiquei tããão animada com o super negócio que nem tchum. Daí, verifiquei a etiqueta que dizia TAMANHO P. Tá, e agora? Shorts sem etiqueta e pior SEM NOTA FISCAL. 

Bom, dos males o menor: nem foi tão caro assim. Além da minha falta de atenção na hora da compra, ficou faltando a nota fiscal. Se eu ao menos tivesse a nota fiscal, mesmo sem a etiqueta, eu poderia ir à loja (tentar) efetuar a troca.

Tá, eu acho um absurdo a quantidade de impostos que somos obrigados a pagar nesse país. Mas mesmo assim, sonegação é crime, né? Você já parou pra pensar a quantidade de transações financeiras que você faz sem a emissão de nota fiscal? Não é por menos que o governo de São Paulo criou esse lance da nota fiscal Paulista. Quem sabe assim, com um retorno financeiro, a população passa a cobrar do comércio que declare sua renda.

E quando dá um problema como esse, do shorts? E quando dá um problema maior do que esse? Ah, daí é a sua palavra contra a do estabelecimento. Ai, meu caro, era sua obrigação pedir nota fiscal ou recibo.

Quando você vai ao dentista, você pede/recebe nota fiscal/recibo?
Quando você vai ao psicólogo, você pede/recebe nota fiscal/recibo?
Quando você vai à academia, você pede/recebe nota fiscal/recibo?
E assim vai.

O pior de tudo é quando querem fazer você acreditar que essa ausência de (cumprimento) de regras é um ato de benevolência, uma “tentativa de ser mais humano” dentro de um mundo tão capitalista. E se você ousar discordar, ah, daí você é mercenário que só pensa no dinheiro! Porque, às vezes, aquele produto/serviço só é mais barato justamente porque o estabelecimento não paga os impostos devidos. 

Rá. A gente sempre quer pagar o mais barato, né? Mas o barato pode sair caro. Nem que seja por causa de uma grande dor de cabeça.


.Educação 2.0

9 de Outubro de 2008 
  
            "Já faz tempo que ir à escola não me anima mais. Algumas práticas da professora me angustiam profundamente, e ela parece tão cansada e sem paciência que eu não consigo me aproximar e tentar sugerir qualquer outra coisa. As crianças lá na escola têm um problema sério com material escolar. Os cadernos se “autodestroem”, os lápis são “mágicos” pois desaparecem todos os dias, apontadores quebram diariamente, e a única coisa que a professora diz é: cansei de gastar dinheiro comprando material para vocês! As crianças que emprestam material acabam ficando sem. Não existe a prática de “pegar emprestado e depois de usar, devolver”. E sinceramente, para mim, isso é uma questão de prática, de rotina. É cansativo, mas creio que a tendência é as coisas se estabilizarem. 

No primeiro semestre eu tentei estabelecer outra relação das crianças com o material, no caso, com o lápis. Levei 25 lápis para a escola, marcados com uma fita adesiva amarela, e acordei com eles que aqueles seriam os lápis da turma. No dia que alguém estivesse sem material, poderia utilizar um lápis do pote coletivo, e no final do dia devolvê-lo. A turma seria responsável, com o auxílio da professora, de verificar todos os dias, se todos os lápis estavam lá. Isso funcionou pouco tempo. A professora reclamou de ter que fazer aquilo todos os dias, da mesma forma que ela reclama que não dá pra levar as crianças para lavar as mãos todos os dias, que não dá pra preencher o calendário todos os dias, ela sempre fala, em alto e bom som que não se pode fazer nada com aquelas crianças, porque elas são muito indisciplinadas. 

Eu acredito que com crianças pequenas como eles é necessário sim haver uma rotina. Uma rotina embutida de valores. Sabe o que significa “rotina” para aquelas crianças? Cópia da lousa. Todos os dias eles abrem o caderno para copiar a rotina da lousa:

Escolinha Branca

Campinas, 8/10/2008

Meu nome é: blá blá blá
Ai ou eles escrevem o alfabeto, ou os números;
E em seguida, copiam tudo aquilo que fizeram e farão naquele dia, por exemplo:
-          Atividade com pintura
-          Recreio
-          Caça palavras
-          Parque.

Por isso eu me pergunto: de que adianta pensar em Freinet, e “valorizar” a rotina se na real ela se resume a copiar da lousa do que será feito naquele dia? Eu fico pensando muito na minha (futura) prática. 

“Eu me sinto muito triste. Quero que tudo acabe logo. Sinto sono, cansaço. A maioria das relações é baseada na coação, na chantagem. Se funciona? Claro! A professora está cansada e gripada como eu. Minha cabeça dói! Já tomei remédio. Ela pede que as crianças se comportem porque ela está doente. As crianças não se comportam”. – diário de campo, 08/10/2008. 

Eu percebo essa relação de chantagem, baseada em fundações fracas, desde o inicio do estágio em Março. Não há muito respeito, as crianças se agridem muito, a professora grita muito e diz coisas que me chocam. Quando alguma criança diz que perdeu alguma coisa, seja lápis, borracha, ou agasalho de frio, ela diz: “cada um tem que cuidar das suas coisas, vocês sabem bem que aqui tem gente que rouba as coisas dos outros”. Partindo de um olhar reflexivo, para o meu desanimo, para a minha tristeza dentro da escola, não me sinto na posição de julgar, porque não sou eu a responsável, todos os dias, por aquelas crianças. Mas, acredito que certas coisas não devem ser ditas, dessa forma, para as crianças. 

Eu já vi crianças tentando pegar coisas das outras, mas nunca falei dessa forma com ninguém lá. Em contrapartida, em um dia de estágio, sumiu dinheiro da minha mochila. É sinceramente angustiante estar em um lugar quando não se sabe muito qual é o seu papel, até onde você pode ir. 

Conversando com as meninas do meu grupo de trabalho, percebi que na escola delas as coisas são diferentes. A relação de respeito e de autoridade é outra. Ai comecei a pensar: o é de fato, autoridade? Pensando na prática docente na escola... O que faz da relação professor- aluno uma relação de respeito, de ensino-aprendizagem, tentando sempre evitar as injustiças, descontroles... Seria possível uma relação harmoniosa sem desfocar dos propósitos da escola? Espero que não pareça uma reflexão simplista, pois a partir disso abriu-se um mundo de possibilidades fundamentada em diversos autores como Foucault e Arendt

Sinceramente, eu gostaria de ter escrito uma narrativa diferente, mas perdi as forças. Cansei de “dar murro em ponta de faca”, chega uma hora que dói demais. Na minha primeira narrativa acreditei que dizer as coisas que eu estava pensando, as coisas nas quais refleti por muito tempo, fosse fazer algum sentido e quem sabe talvez, promover alguma mudança em todas as coisas que vêm acontecendo nas aulas de pedagogia. Mas nos comentários que recebi, constatei que professor sempre acha que aluno nunca reflete antes de falar/escrever alguma coisa. Toda a minha fala sobre a minha formação foi minimizada, e em diversos momentos, deparei-me com a frase “reflita melhor” em meio aos comentários. Refletir melhor é refletir do seu jeito? 

Vou repetir: EU QUERO QUE ESSE SEMESTRE ACABE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.  E não é porque não tenho compromisso com a faculdade, não é porque faço faculdade de qualquer jeito, não é porque quero tirar vantagem. Eu apenas não sei mais se é isso que vai me satisfazer na vida. Perdi o tesão, o ânimo, a força. Para reforçar, vou copiar meu ultimo parágrafo da minha primeira narrativa, só para reforçar que, apesar da narrativa exclusivamente sobre meu estágio, eu continuo do mesmo jeito de antes.

'Certamente, esse está sendo o pior semestre da faculdade até agora, conseguiu superar o semestre passado. Sinto que não adianta querer de fato refletir sobre as proposições docentes, de modo a tentar melhorar para os alunos a vivência em certas disciplinas. E isso é uma constante em todas as disciplinas do semestre: relações de autoridade nem sempre naturalmente estabelecidas. Eu apenas lamento. Resta-me lamentar... E esperar ansiosamente pelo Natal! Que chegue logo o Natal!!!'."


Tá bom, tá bom. É claro que tem outras coisas que podem ser feitas além de lamentar! Às vezes a gente escreve no calor da emoção e dai acontece isso. Eu ainda tenho sonhos, MUITOS SONHOS. 

Ah, as crianças dessa turma tinham 6 anos. 
E meu desânimo não era culpa delas.  
Just for the record!





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vida Inteligente.

.Educação 1.0

Divagações do passado, que ainda resistem no presente.

2 de Setembro de 2008

"Eu gosto muito de escrever. Fazer um portifólio acadêmico motiva meus pensamentos e motiva a fomentação de questões acerca do curso que escolhi fazer. Infelizmente, ultimamente tenho pensado que posso ter escolhido a profissão errada. A minha paixão pela escola está desaparecendo, e o prazer do obrigatório, defendido por Snyders em sua obra “Alunos Felizes”, está cada dia mais distante do meu alcance. 

Eu sei que falo demais (e acabo escrevendo demais). Mas tenho dentro de mim a certeza de que, quando eu resolvo dividir meus pensamentos, é porque já tenho aquelas palavras amadurecidas em mim. Redundante, espero que não. Prefiro dizer pleonástica com grande consciência daquilo que digo. 

Perdi minha inocência. O mundo não é bonito. As relações humanas não são horizontais. O capitalismo não é horizontal. Mas mesmo assim, eu me permito fazer certas reflexões que poderiam, certamente, serem finalizadas por: é assim que as coisas são e ponto. Mas quero ir além... Eu faço pedagogia na Unicamp. Desde agosto de 2007, por opção, quis ir à escola conhecer seus espaços, suas relações humanas, o trabalho docente, as crianças. Hoje, não o faço mais por opção. Mas sim, porque tenho uma disciplina que me obriga a isso. Até ai, tudo bem. Faz parte da minha graduação. 

O que é ser pedagoga? É simplesmente ser professora? Quais são minhas ferramentas de trabalho? Como se constituem essas ferramentas durante minha graduação? Devo constituí-las sozinha depois de formada? Em todos os cursos universitários as coisas se processam da mesma forma, de maneira genérica?

Bom, acredito que o trabalho pedagógico não se resuma à sala de aula. Dentro e fora da escola o pedagogo possui diversas funções. Mas e a minha graduação? O que ela me proporciona dentro dessa relação: pedagogo e suas funções práticas profissionais?

Ministério de Educação, Secretaria Estadual de Ensino, Secretaria Municipal de Ensino, Direção de escola, Vice-Direção de escola, Orientação Pedagógica, Professora, Coordenadora de projetos em empresas, ONGS, blá blá blá... Exemplos, divagações... 

Como pedagoga, quem sabe futura professora de fato, serei responsável pela formação de indivíduos que estão se inserindo no mundo, apreendendo o mundo aos poucos. Qual minha maior ferramenta para isso? Acredito no conhecimento. Mas, que conhecimento é esse? Com lágrimas nos olhos eu afirmo que não domino esse conhecimento. Ora, mas quem domina? Ninguém sabe tudo. Ah, tudo bem, sei que estou aqui para estar sempre aprendendo. Como escreveu Platão, como sendo palavras de Sócrates: Só sei que nada sei. Mas, independente disso, minha principal ferramenta de trabalho como docente é o conhecimento. É um fato. Não posso passar conceitos errados para as crianças, e para isso, preciso, sim, dominá-los.

Exemplificando, retomo o semestre passado, dia 18 de abril de 2008, na minha sala de estágio, conversa sobre o passeio de Maria Fumaça... 

Professora: A água esquenta, começa a borbulhar e a ferver e depois começa a sair...
Crianças: FUMAÇA... VAPOR.
Professora: Isso, aquela “fumaça” chama VAPOR. 

           Espero que eu esteja conseguindo ser clara. Eu tenho consciência de que nenhum professor sabe tudo. Sei também que todo profissional seja em QUALQUER área, precisa continuar estudando, atualizando-se, para ser um bom profissional. Mas eu realmente defendo que para melhorar a qualidade do ensino no país, é preciso melhorar a qualidade do ensino do professor dentro da universidade.  

Espero que tudo isso não pareça loucura, mas continuando, gostaria de levantar mais alguns pontos acerca do estágio. 

O estágio do pedagogo deve ser realizado em escola pública, em média 4 horas semanais. Contudo, esse estágio não recebe NENHUM tipo de bolsa-auxílio, nem ao menos o transporte do estagiário até a escola onde se realiza o estágio. Acredito que isso não seja comum apenas na UNICAMP. Em alguns outros cursos como as engenharias, por exemplo, a maioria dos estágios é realizada com remuneração, para cobrir gastos com transporte e alimentação. Quando há remuneração, normalmente o estágio é de 20 horas semanais, em média, em empresas privadas. No estágio do pedagogo, no geral, a prioridade é a sala de aula (sendo que o trabalho não se resume à docência, como eu já falei anteriormente). 

Eu realmente sinto falta de outros tipos de estágios dentro da minha faculdade. Estágio em Ensino Fundamental, Educação Infantil e Não-Formal, para mim, não contempla toda a formação que eu almejo. Mas quem sabe se eu estou aqui para almejar alguma coisa, não é?

Eu sei que escrevo demais, falo demais, talvez para alguns eu também pense demais. Certamente, esse está sendo o pior semestre da faculdade até agora, conseguiu superar o semestre passado. Sinto que não adianta querer de fato refletir sobre as proposições docentes, de modo a tentar melhorar para os alunos a vivência em certas disciplinas. E isso é uma constante em todas as disciplinas do semestre: relações de autoridade nem sempre naturalmente estabelecidas. Eu apenas lamento. Resta-me lamentar... E esperar ansiosamente pelo Natal! Que chegue logo o Natal!!!" 



Sim, esse texto é meu. Foi minha 1ª narrativa para a disciplina de Estágio Supervisionado I, no curso de Pedagogia da Unicamp. E, depois disso, tem mais, muito mais.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Morar Junto +/- Casamento

Vou confessar: não conheço todos os meandros dos bastidores de um blog. Pra tentar corrigir algumas falhas da minha alma perfeccionista, apertei a tecla errada e acabei despublicando esse texto de fevereiro de 2011. É, ele simplesmente sumiu da minha lista... E eu quase chorei. Mas, como a reflexão nunca envelhece e como nada acontece por acaso, vou ver se consigo reparar minha falta de habilidade e republicá-lo. Vamos torcer pra que esse texto traga um significado novo pra minha vida. E quem sabe pra sua também, né?



Uma pergunta vem me inquietando. Qual a diferença entre morar junto e casar? Existe diferença prática?

Vejo casais que já moram juntos há tempos, e quando o assunto é casamento, agem como se fosse uma coisa distante da realidade de quem já divide o mesmo teto.

Por outro lado...

Já vi casais que abominam essa história de morar junto, que o negócio é mesmo casar.

Para muitos, casar implica em cerimônia e festa. Ou cerimônia sem festa. Via de regra, implica em um ritual social de transição que procura legitimar a constituição de uma nova família. Pelo menos foi essa a leitura que fiz dos últimos casamentos em que estive presente.

A iniciativa de realizar uma cerimônia/festa de casamento provavelmente venha de um sonho. Ou no mínimo, do desejo de cumprir as tradições. Mas, e quem não tem esse sonho? Vai ao cartório e casa, ou simplesmente vai morar junto e pronto?

Distanciando-me do inovador e do tradicional...
Muda alguma coisa na vida do casal o status de casado?
Muda alguma coisa na vida do casal o status de solteiro que mora junto?
Muda a postura, a cobrança, o sobrenome, as responsabilidades? Ou não?

Há quem diga que a melhor coisa é morar junto antes de decidir se casar.
Há quem diga que a melhor coisa é morar junto e pronto.
Há quem diga que casar é a coisa mais deliciosa que existe.

De qualquer forma, tenho certeza de uma coisa: é ele.

Tempo.

Você acorda e tem o tempo à sua disposição. É o livre arbítrio diante dos olhos, um sonho, algo que muitos almejam ao longo de um intenso ano de trabalho. Férias. Você planeja viagens, passeios, coisas que precisam ser feitas, livros que gostaria de ler... Mas e quando nada, nada disso está lá? Nem as férias, nem os planos... Você simplesmente não sabe o que fazer com o tempo.

Talvez não seja perder a vontade. Mas seja se perder dentro do próprio tempo.
Ter tempo é relativo. Quando você acorda todos os dias e a vida lhe impõe o que deve ser feito, você idealiza o momento em que o tempo estará a sua disposição.

“Arbítrio: resolução que depende só da vontade”. 
Ninguém vai à escola por escolha. 
Por mais que se busque o melhor de todos os empregos, o melhor salário, as melhores condições, ninguém trabalha por puro e simples prazer. É preciso. A vida exige algumas coisas e obedece quem tem juízo.
Mas, como se encaixar em uma nova realidade em que se é plenamente dono do próprio tempo? Todos os seus sonhos cabem. Você só precisa tomar decisões. Atitudes.

E quando ainda falta alguma coisa?
Porque está faltando.
E eu não quero mais essa ausência.

Futuro?


”mafalda”
”mafalda”
”mafalda”


Futuro é uma questão de ponto de vista. Óbvio? Não, relativo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

.Vontade.

Sinto uma vontade imensa dentro do peito. Frio na barriga e medo, muito medo.

O princípio da vida é a mudança. Toda a trajetória é feita de escolhas, e quem sabe posso dizer que também é feita de maré. Somos plenamente responsáveis pelas nossas escolhas e precisamos (re)conhecer as renúncias que as acompanham. Mas, veja, não podemos negar tais renúncias. Elas são inevitáveis. Até mesmo a ausência da escolha traz consequências.

É claro que eu queria que fosse fácil. Opa. Seria perfeito não ter que abrir mão de nada, estar perto de tudo o que conforta, que protege.



Ansiedade é a resposta anterior ao medo. Mas, o que vem depois?






Simplesmente o risco?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Essência

O primeiro post não poderia ser diferente.

Uma música carregada de significados e significações.


A Beautiful Mess

Jason Mraz

You’ve got the best of both worlds
You’re the kind of girl who can take down a man,
And lift him back up again
You are strong but you’re needy,
Humble but you’re greedy
Based on your body language,
your shouted cursive I’ve been reading
You’re style is quite selective,
though your mind is rather reckless
Well I guess it just suggests
that this is just what happiness is

Hey, what a beautiful mess this is
It’s like picking up trash in dresses

Well it kind of hurts when the kind of words you write
Kind of turn themselves into knives
And don't mind my nerve you can call it fiction
‘Cause I like being submerged in your contradictions dear
‘Cause here we are, here we are

Although you were biased I love your advice
Your comebacks they’re quick
And probably have to do with your insecurities
There’s no shame in being crazy,
Depending on how you take these
Words that paraphrasing this relationship we’re staging

And it’s a beautiful mess, yes it is
It’s like, we are picking up trash in dresses

Well it kind of hurts when the kind of words you say
Kind of turn themselves into blades
And the kind and courteous is a life I’ve heard
But it’s nice to say that we played in the dirt
Cause here, here we are, Here we are
Here we are

We're still here

And what a beautiful mess this is
It’s like taking a guess when the only answer is yes

And through timeless words in priceless pictures
We’ll fly like birds not of this earth
And tides they turn and hearts disfigure
But that’s no concern when we’re wounded together
And we tore our dresses and stained our shirts
But it’s nice today, oh the wait was so worth it