quarta-feira, 29 de junho de 2011

Porque todo mundo tem seu lado Devassa.

”cervejaria
Faltava ainda conhecer a Devassa.
 
A Devassa Sarará é um chope tipo Weiss, feito de malte de trigo e de cevada, com aromas que lembram banana e cravo.

”chopp
Combinação estranha?

”labirinto
Difícil, hein?

”resultado
E ai, 1, 2 ou 3?

”chopp
Nham Nham

”hot
Specially made ^^ Bra, Eua, Fra & Ale




”chopp
Aprovada.

terça-feira, 28 de junho de 2011

12 Dicas de Consumo Consciente.

CONSUMA SEM CONSUMIR O MUNDO EM QUE VOCÊ VIVE

1) Planeje suas compras. 

Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.

2) Avalie os impactos de seu consumo.

Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.

”lixo

3) Consuma apenas o necessário.

Reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.

4) Reutilize produtos e embalagens.

Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.

5) Separe seu lixo.

Recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.


6) Use crédito conscientemente.

Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.

7) Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas.

Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para comos funcionários, a sociedade e o meio ambiente.

8) Não compre produtos piratas ou contrabandeados.

Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.

9) Contribua para a melhoria de produtos e serviços.

Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos/serviços.

10) Divulgue o consumo consciente.

Seja militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas de consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos  e pessoas mais próximas.

11) Cobre dos políticos.

Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática do consumo consciente.


12) Reflita sobre seus valores.

Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.

”atributo

Não queira evitar.

Faça amizade com o monstro que mora debaixo da sua cama. 

”monstro

Gostando ou não, ele será parcialmente responsável pelos seus piores pesadelos. A vantagem é que com o tempo, quem sabe, ele abre uma exceção e te deixa sonhar um pouquinho, né?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lar, doce lar.

No fundo, no fundo, deixando romantismos e idealismos de lado, é a mais pura verdade.

”home”

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cartaz ambulante.

Nem tudo é exatamente do jeito que nossos olhos vêem. Entretando, o mundo da publicidade nos faz acreditar ao contrário.

”calvin



”advertising”


”advertising




”coca


”publicidade

Porque tudo é uma questão de referencial, quando você realmente aprendeu a fazer suas próprias escolhas.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O melhor dia da semana chegou!

Sexta feira pode, definitivamente, ser o melhor dia da semana. Mas não somente porque é o prenúncio do fim de semana, não. O mais importante não está no calendário.


São as pequenas coisas do dia a dia de uma semana inteira que fazem uma sexta feira especial...


São os amigos que estão ao nosso lado mesmo há quilômetros de distância...


É uma boa companhia para um almoço deliciosamente inusitado...


Em um lugar aconchegante...


Nem sexta, nem sábado, nem domingo. Em um dia qualquer...


Porque o melhor da sexta feira está no colorido do céu, no brilho do olhar...


E em todas as possibilidades que as incertezas proporcionam.

Pensamento positivo que uma hora a hora chega!

Bom fim de semana, pessoal ^^

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rubem Alves.

Meu maior prazer em ter um blog é escrever sobre as loucuras que transitam pelo meu pensamento. Ao mesmo tempo, gosto de dividir um pouco daquilo que traz significado para minha existência. E, talvez, isso não contribuia com muita originalinalidade pro universo blogueiro. 

De qualquer forma... Encontrei esse texto de Rubem Alves e me senti impelida a publicá-lo por aqui.

Às minhas queridas amigas noivas e esposas de 2011, de quem sinto profunda saudade ^^
Tênis x Frescobol

"Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.

”tênis”

Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: “Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?” Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.”

”amor”

Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra – é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo…” Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada.” É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma.”

”casal”

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.


O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir… E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…

”beach

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá…

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. (...) Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim… (...) "

”amor

Rubem Alves


terça-feira, 7 de junho de 2011

Outback!

Tá, eu sei que a aniversariante do dia não vai gostar nada desse post. Mas, de qualquer forma, mesmo ela considerando bullying, o almoço de hoje foi em sua homenagem, afinal, foi você que me apresentou o Outback, né, @Eli_dfr?


Emoções fortes podem ser determinantes para aumentar aquela necessidade de uma sobremesa suculenta. Eu que, normalmente, não como sobremesa logo após a refeição, fui quase obrigada, surpreendemente por mim mesma, a comer a melhor sobremesa do Outback: Chocolate Thunder From Down Under


Nunca provou? Olha, vai por mim,vale a pena. 


Queria ter mais fotos, mas infelizmente não durou muito. Nham nham!!!

Como não é todo dia que a gente completa 30 aninhos (e eu tô quase lá), comemore esse dia com os melhores brigadeiros e queijadinhas da face da Terra. Pena que desses eu não tenho fotos agora para compartilhar! ^^

Astrologia.

A astrologia pode abrir portas dentro de nós mesmos. Isso pra quem gosta e acredita, claro. Acho que acreditar é um dos verbos mais sólidos que existe. E a gente só percebe isso naquelas horas em que simplesmente a gente não consegue mais acreditar em nada. De qualquer forma, eu continuo gostando das portas se fecham justamente pelas portas que se abrem, consequentemente. O texto abaixo foi retirado da internet e, como todo texto online, é bem complicado saber exatamente quem escreveu. Mas, em um dos sites constava que esse texto é uma adaptação do livro GOODMAN, Linda. Seu futuro astrológico. Rio de Janeiro: Record, 1968.
 
E como não podia deixar de ser, aqui está o perfil astrológico da mulher de capricórnio!

"No mundo dos astros diz-se que os objetivos de Capricórnio são os seguintes: a autoridade, o respeito, a segurança e a posição social. O amor vem depois. Em outros termos, a capricorniana é uma espécie de discípula do princípio da seleção natural darwinista. Fatalmente ela acaba escolhendo o homem que seja capaz de orgulha-la e gerar uma relação sólida e coerente. Aqui não tem isso de o amor é minha lei.
 
As capricornianas são o tipo de mulher que consideram a possibilidade de se casar com a carreira. Ou pelo menos torná-la seu relacionamento oficial. Para ela o topo, de qualquer lugar que seja, é sempre o lugar mais interessante para se estar. Apesar de viverem no alto, não são como as leoninas que jamais passam despercebidas em algum lugar. De fato, você não dá nada por estas mulheres dóceis e sorridentes até que você, surpreso, vê que foi ela que foi promovida e não você.
 
Mas não se apresse achando que será um cara solitário que não recebe a atenção da namorada/esposa. Ela nunca sacrificará o seu casamento em nome da carreira. Você só precisa delegar autoridade às mãos dela... algo como uma bela mensão com muitos empregados e muitas recepções para organizar. rsrs
 
Uma das características mais deliciosas numa capricorniana é seu jeito gracioso e educado, que lhe é natural. Não importa onde ela nasceu, ela sempre convencerá que provém de uma linhagem real. É que são dotadas de um senso apurado de como portar-se diante dos outros e permanecem seguras em seu jeito conservador de ser.
 
E aqui vai uma dica pra você que está se envolvendo com uma dessas: elas sempre parecem ser muito mais equilibradas e resistentes do que na verdade são. É surpreendente como elas parecem uma rocha. Mas ela é frágil também. Constantemente acometida de todos os tipos de crise: das existenciais às emocionais e passando por lapsos de mau humor. Essas crises podem ser bem sérias... E você que achou que só teria que aguentar a TPM, né?
 
Elas são romanticas. Sim, claro que elas são. Mas o romantismo dela não é desmiolado como o de muitas menininhas. Ela adora os romances belos e intensos. Poemas de embaraçar as cordas do coração. Mas ela não é nem um pouco apaixonada pela cama dura onde o casal faz amor e o bar de quinta onde o poeta escreveu sua inspiração. Primeiro a comida e o aluguel, depois, ai sim, vejamos o que fazer dos nossos corações.
 
Mas devo admitir que há muito valor no amor que ela reserva. Ele dura mais que o normal e é menos delicado do que parece. E diria até que bem menos exigente que do que esses que se vê por aí. Sabe aquela moça dos contos de fada que beija um sapo e ele vira príncipe. Então. Só o estranho senso de realismo que elas tem do amor as torna capazes de saber qual o sapo que vai virar um príncipe. Até porque, uma vez que se elege uma capricorniana para o resto da vida, dificilmente você fará parte da plebe.
 
Mas não monte em cima delas. Lembre-se que o símbolo do signo é uma Cabra. Ela, mais do que ninguém, sabe exatamente como dar um coice em alguém.

Ampare-a. Ame-a. Ela lhe levará ao topo do mundo. Boa viagem."


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um dia desses.






 

Greve: o transtorno.

Greve é direito do trabalhador. Ao invés de legitimar o movimento, a mídia ajuda a colocar a população contra por enaltecer os transtornos ao invés de fortalecer os motivos. Esse processo facilita a omissão do governo (ou do patrão), que se edifica e ganha justificativas plausíveis para exigir o fim da greve, através da população que é prejudicada.

Lembra daquele lance de “cada um faz sua parte”? Bonito, porém perigoso. Pensando mais a fundo, em situações como essa, soa quase como aquela outra frase “cada um por si”: o professor ganha pouco e precisa trabalhar três períodos para sustentar sua família, entendo, mas meu filho tá sem aula e ele precisa estudar para ser alguém na vida; o transporte tá um lixo, o valor da passagem (e da gasolina) está um absurdo, e os motoristas ganham pouco, mas quero meu direito de ir e vir sem intercorrências. Sim, temos direito a transporte e educação públicos DE QUALIDADE. O profissional precisa ser valorizado e receber formação e salários decentes. São sempre dois pesos e duas medidas: o aumento abusivo do salário dos parlamentares aconteceu, a mídia divulgou, mas ficou por isso mesmo. Aliás, o que poderia ser feito? Não sei. O Brasil tem uma legislação eleitoral muito complexa, que entendo apenas 0,5% do seu funcionamento. Mas o fato é que com o tal do coeficiente eleitoral, nem sempre os mais votados são eleitos, além dos votos serem conquistados por carisma e caridade, ou invés de ser por projetos e objetivos. Se nossas únicas ferramentas forem greve e voto, a coisa se complica...

E se o trabalhador tivesse outras formas garantidas por lei para reivindicar melhorias, além da greve? Quer um exemplo? Se, ao invés de os motoristas de ônibus paralisarem, eles pudessem fazer o dia da catraca livre. É, em dia de reivindicação por melhores condições de trabalho, o prejudicado seria o bolso do patrão, e não o trabalhador que depende dos serviços prestados. Inconstitucional? Sei lá, é só uma idéia inconveniente...

De alguma forma, a solidariedade de fato foi corrompida. Hoje solidariedade é confundida com assistencialismo. É claro que é insuportável não ter ônibus/metrô/trem para ir e vir, pois é um direito de cada um seguir sua vida, trabalhar, estudar. Mas já reparou como o Brasil está entrando em colapso? A gente trabalha para conseguir pagar os impostos, as contas, comida, remédios, tenta colocar o filho em escola particular, pagar plano de saúde, carro e combustível, justamente porque o governo não cumpre com sua obrigação. Sim, é obrigação do Estado garantir educação, saúde e transporte. Isso sem contar garantir condição de moradia, saneamento básico, coleta seletiva... O povo brasileiro contribui com quatro meses de salário por ano apenas para pagar impostos. O ciclo se completa e não há retorno. É uma inequação social: o pobre cada vez mais dependente do assistencialismo e os ricos cada vez mais detentores do poder.

Mas, a pior parte pra mim é o que estão fazendo com a educação pública. “A falha trágica da cartilha é dizer que se "pode" falarerrado. A gente erra com ou sem autorização”. O mais importante para o conceito de comunicação é ser compreendido, fato. Mas temos também o direito a aprender (e dominar) os outros tipos de discurso além daquele que aprendemos na primeira infância, porque as questões importantes nunca serão tratadas do nosso jeito. Institucionalizar que o português pode ser escrito de qualquer forma é afirmar que você não precisa garantir que todos, sem distinção, compreendam o que é realmente importante para promover alguma mudança social. Tá, tá bom, eu sou pedagoga e discordo dos lingüistas: eterno entrave. Mas me conta uma coisa, será que a redação das leis será modificada em favor da população que não domina a norma culta da língua? Exemplo banal, talvez ingênuo, e possivelmente contestável, mas é fácil dizer que impor um discurso de um grupo social sobre o outro é uma forma de castração lingüística. Mas será esse o caminho para se buscar um futuro mais digno?

“Assumindo o pressuposto de que a sociedade é constituída por regras e convenções que não podem ser ignoradas porque são necessárias ao seu funcionamento e a sua transformação, (...) o ensino da norma culta da língua nas escolas é necessário tanto em termos das relações sociais de poder – saber é poder - quanto pelo fato de que só se modifica e transforma aquilo que se conhece, pois as transformações só acontecem a partir do momento em que os indivíduos possuem conhecimento daquilo que querem transformar. (RODRIGUES, Priscila D. F. Ensino da norma culta da língua na escola: emancipação ou castração lingüística. Campinas, SP : [s.n.], 2010.)

O homem é humanizado pelo pensamento. E o pensamento é constituído do entendimento que cada um faz do mundo. Limite esse entendimento e você proliferará uma população politicamente analfabeta.

O ANALFABETO POLÍTICO - Bertold Brecht


O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.

A gente cresceu aprendendo que cada um deve fazer sua parte. Talvez nem seja possível entender o que quero dizer com tudo isso. No fundo, somos todos muito egoístas para sermos solidários com uma greve, mesmo porque, quem já esteve em uma sabe a quantidade de joguinho político sujo que existe querendo tirar vantagem própria... E por ai, o movimento perde força e é desacreditado.

Na real, não conta pra ninguém, mas o joguinho sujo existe em todos os lugares onde a ganância é soberana, tá?

Estou cansada de todos esses pensamentos e é por isso que a vontade é mentalizar que “Ignorance is bliss”. Pura contradição, eu sei.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cada escolha, uma renúncia.

Há 10 anos me disseram que crescer dói. Na época, não tinha a menor noção do que isso significaria. Sabe o que eu descobri? Que dói, e muito. Não existe mais aquela proteção e muito menos o conforto da irresponsabilidade.

Dói sair da faculdade e ficar longe dos amigos.
Dói perder o primeiro emprego... E perder o rumo, dói também. 
Dói ir embora por vontade... E dói ter que voltar por falta de opção. 
Dói não poder ficar perto de quem a gente ama... E dói mais ainda ouvir que “se for amor de verdade, aguenta-se qualquer distância, o tempo que for”. Isso não conforta. Posso estar enganada, mas normalmente esse conselho vem de quem tem um pezinho quente debaixo do edredom para ajudar a esquentar uma noite de inverno.

Acompanhar é algo que pressupõe convivência. Mas um dia a gente aprende que o silêncio precisa vir de dentro para apaziguar os pensamentos e serenar o coração. É difícil sair do ninho e deixar de ser passarinho. Fica mais difícil quando a gente demora pra entender que as escolhas pertencem a cada um. E cada escolha implica uma renúncia. Não podemos ter tudo.

De tanto almejar um futuro que ainda não chegou, me perdi. Fechei a janela e o vento desistiu de circular. Acabei me sufocando dentro de mim mesma, sem saber o que poderia acontecer se eu decidisse ir embora. E quando eu decidi ir, não dava mais. Ou foi muito cedo, ou foi tarde demais. A confusão foi tanta que não sei mais se foi escolha ou se foi renúncia. Tanto faz.

Em busca da atemporalidade, retalho o meu discurso para ver se ecoa, ou se me racionaliza, ou se me fortifica, ou se me engana, ou se me conforta. Porque, às vezes, o silêncio oportuno é mais eloquente do que o discurso.