Já fazia um tempo que eu queria mudar meu blog de endereço, mas estava em busca de informações de como fazer isso da maneira mais segura, sem perder meu passado virtual. Com o empurrãozinho da @Eli_DFR e com a ajuda da @lufreitas, deu tudo certo.
Toda mudança é assim, requer muita dedicação pra colocar tudo no lugar e aprender a usar os novos recursos.
Eu adorava esse blog, mas o nome dele era muito complicado e eu realmente precisava de um espaço virtual com mais possibilidades do que o blogger hoje pode oferecer.
Mesmo pra quem conhece pouco da história de Mônaco, dá pra ter uma leve noção de que aqui ser humilde é sinônimo de ter no mínimo uma BMW! Mas a gente decidiu fazer um vídeo pra mostrar um pouquinho daquilo que vemos pelas ruas, pra vocês entenderem como ter uma BMW é realmente elementar, meu caro...
Passeando na nossa primeira noite por aqui, encontramos um memorial da Fórmula 1...
Não tem jeito, depois dele, a Fórmula 1 nunca mais teve graça pra mim.
E, apesar de todo o luxo e glamour que uma Ferrari pode proporcionar...
...as leis da física continuam se aplicando...
Agora, pra fechar esse post com chave de ouro, se liguem na concessionária, no mínimo peculiar, que encontramos numa rua singela, próximo a Gare(lembram-se do que significa Gare, né?!).
Obs.: Pessoal, tentem comentar e me falem se ainda tiverem qualquer dificuldade, ok?
Para uma viagem ser boa mesmo, ela precisa ter uma pitada de emoção, né? E a minha começou bem animada. Mas, mesmo me aventurando sozinha por ai, eu tinha certeza de que ia dar tudo certo.
O dia começou bem, com uma caminhada pelas ruas da cidade.
Fui seguindo por caminhos novos, fui subindo e registrei um visual muito lindo.
Voltei pra casa, tomei banho, e parti rumo a Gare (estação de trem). O trem que eu pretendia pegar era às 11h23, mas de tanto confundir trem com ônibus...
Cheguei em Nice direitinho, mesmo fora do horário planejado. No fim, o trem seguinte passou às 11h45 e cheguei ao destino por volta de 12h05. Mas, além de chegar à Gare de Nice, eu tinha que pedir informação sobre como chegar na Université Nice Sophia Antipolis, mais especificamente na Faculdade de Letras, onde a Camila faz o curso de verão de francês.
Detalhe importante: aqui em casa estávamos sem internet e por isso não foi possível traçar um roteiro previamente via google maps! Fui na cara e na coragem mesmo!
E eu até fiz direitinho: fui ao posto de informações turísticas, que fica ao lado da Gare, e lá me disseram pra onde ir e o que fazer. Mas eu ainda me sentia perdida...
Obs.: Confesso que fiquei com vergonha de pedir informação de como pegar o Bonde. Tinha que usar uma máquina pra emitir o bilhere, usando moedas ou cartão, e com poucas moedinhas e pouco vocabulário em francês ia ser complicado. Mas no fim, foi melhor assim...
No fim, depois de 3 horas vagando pela cidade, consegui chegar à Universidade, tomar água fresca e sentar um pouquinho. Tive um anjo da guarda companheiro que não me deixou desanimar, nem perder o bom humor. Eba!
Fazendo o balanço, aqui está o saldo:
- 3 horas caminhando;
- Aquisição de um chinelo havaianas para aliviar os pés cozidos dentro da sapatilha;
- Visita ao Museu Matisse (The Matisse Museum) com a turma de francês da Camila;
- Mais 1 hora caminhando, explorando Nice com a Camila, para chegarmos até a Gare, pra retornar a Mônaco.
- Chegando em Mônaco, jantar delicioso em companhia melhor ainda ^^
Para quem nunca tinha saído do Brasil, estar em Mônaco é realmente incrível.
As minhas primeiras impressões são ótimas, e é tanta coisa acontecendo, tanta novidade, que está difícil conseguir organizar as idéias. Ainda mais que estive sem internet e tenho feito infinitas coisas.
Só queria deixar registrado o quanto é bom estar em um lugar em que as coisas funcionam como deveriam funcionar em qualquer lugar. Tudo limpo, tudo sinalizado, tudo organizado. O pedestre tem a preferência em qualquer faixa de segurança sem semáforo, e mesmo os carros em alta velocidade reduzem pra você passar. No começo dá um medinho, mas eles seeempre param (mesmo porque, se não pararem, o guarda briga!). Vocês sabiam que Mônaco é o lugar mais policiado do mundo? Tem 1 policial para cada 4 habitantes O.0! Faz muito calor, o céu é azul, o mar é transparente e tranquilo. O ônibus passa no horário, a passagem é barata e é tudo muito bem conservado. A nutella é abundante e extremamente barata. Um perigo, meninas, um P-E-R-I-G-O!
Vou compartilhar algumas fotos que tirei esses dias. Os vídeos vão ficar pra depois, porque demora pra conseguir colocar no youtube.
Está tudo bem, tudo ótimo, tudo lindo. E vai permanecer assim, porque quando eu me der conta, já vai estar na hora de ir embora.
Espero que gostem das fotos, é um resumão do que tenho feito nesses últimos dias.
Surpreendente.
almoço light
Entrada do Jardim das Rosas, dedicado a Princesa Grace Kelly
O endereço oficial das postagens do Blog agora é outro: Mônaco. Grande mudança, né? Novas experiências, novas referências e muito, mas muito aprendizado.
A partir de agora, o blog vai tomar um rumo um pouco diferente, porque vou aproveitá-lo para registrar os melhores momentos dessa nova fase. Fiquem à vontade para continuar acompanhando.
O lugar é lindo, já deu pra perceber, né? Parece um sonho, sério. Simplesmente surreal. Os detalhes virão com mais calma.
O fuso horário é de +5 horas em relação ao Brasil.
Família, fiquem tranquilos. Já está na hora de ir pra cama por aqui. Vou mandando notícias.
Depois de uma aula de História, há uns 6 anos, aprendi uma lição muito importante: toda grande mudança na trajetória do ser humano só é possível porque o sistema, as relações, os parâmetros, eventualmente, entram em colapso. E, desde então, consigo projetar essa lógica pra muitas outras coisas que acontecem, em dimensões bem menores do que a História da Humanidade. Simplesmente porque faz sentido.
Para uma coisa dar certo, ela precisa dar errado primeiro. E, às vezes, ela precisa dar errado vááárias vezes. Para fazer com que alguma coisa páre de incomodar, é preciso evitar o recalque, não o assunto.
A vida entrou em colapso.
Tudo faz sentindo quando é possível perceber que a irregularidade é decisiva para promover uma mudança. Sim, a gente pode acabar sendo inconveniente, egoísta e mal educado, tudo de uma vez só, porque só assim algumas pessoas conseguem parar e olhar para si e (re)conhecer suas fraquezas. E principalmente reconhecer que é normal sentir medo daquilo que a gente não pode controlar.
Tudo porque as pessoas evitam a dor, a qualquer custo. Acredite: não é porque dói muito que vai doer pra sempre. Evitar pensar no assunto não vai resolver o problema. Dor foi feita pra doer. Às vezes, muito. Porque se não doer, não vai passar. Mas se nada for aprendido através da dor, sofrer foi completamente em vão.
Não finja que não dói. Não finja que está tudo bem. Não espere a morte para dizer o quanto você se importa com alguém. Por mais que doa.
Às vezes a gente diz coisas que talvez não devesse dizer. Mas às vezes, é o jeito errado que faz tudo dar certo.
Imagens resgatadas do fundo da HD do pc! Mais um post relembrando a Rep Minhas Amiga. Não tinha como deixar passar a oportunidade de compartilhar esses dois vídeos, porque foi uma época muito legal, que não volta mais, não tem jeito. E, especialmente esses vídeos, que foram feitos quando participávamos na promoção República Redonda da Skol, em 2009. Detalhe: essa foi minha primeira experiência como apresentadora O.o
Hoje estou menos saudosista do que das outras vezes que fiz posts sobre o meu passado universitário. Publicar os vídeos veio mesmo a calhar, já que estou criando toda e qualquer oportunidade para fugir das minhas obrigações: organizar minhas coisas para arrumar as malas. Tô evitando pensar e falar no assunto.
1º Vídeo: A CASA.
2º Vídeo: A CHUVA DE GRANIZO.
Pretendo criar mais uma série de posts com essa mesma essência, considerando outros lugares que já morei, e o fato de estar prestes a mudar de país por um tempo, porque vou acabar morando em outros lugares também.
P. S. Esse post é a mais pura representação do que é procrastinação. E não, eu não me orgulho disso, mas adorei o post!
"(...) se antes de cada ato nosso nós nos puséssemos a prever todas as conseqüências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão; aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala."
E eu constato: não aprende(re)mos a compartilhar. Crescer para ser indivíduo, indivisível. Conquistar pelo próprio esforço. Ter e garantir que se tenha sempre. Muito. Ou o suficiente para ser, sozinho. Auto-suficiência primeiro, depois a gente vê qual é que é.
Ser indivíduo e viver em dupla parece ser o desafio dessa geração. É tempo de desistir: faz parte e é legítimo. O que se faz diante do desequilíbrio? O poeta finge. E você?
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa - Autopsicografia
Não é a primeira vez que recebo uma notícia dessas.
Nem é a primeira vez que fico triste por causa disso.
