quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ensaio sobre a cegueira.


"(...) se antes de cada ato nosso nós nos puséssemos a prever todas as conseqüências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possí­veis, depois as imagináveis, não chegarí­amos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão; aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala."

José Saramago (Ensaio sobre a Cegueira)

 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mural de Recados IV

 

 


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terça-feira, 19 de julho de 2011

Mural de Recados III












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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Indivíduo indivisível.

E eu constato: não aprende(re)mos a compartilhar. Crescer para ser indivíduo, indivisível. Conquistar pelo próprio esforço. Ter e garantir que se tenha sempre. Muito. Ou o suficiente para ser, sozinho. Auto-suficiência primeiro, depois a gente vê qual é que é.


Ser indivíduo e viver em dupla parece ser o desafio dessa geração. É tempo de desistir: faz parte e é legítimo. O que se faz diante do desequilíbrio? O poeta finge. E você?
                               

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa - Autopsicografia 

Não é a primeira vez que recebo uma notícia dessas. 
Nem é a primeira vez que fico triste por causa disso. 
 
 

Mas isso não muda nada.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Museu da Língua Portuguesa.

O Museu da Língua Portuguesa fica no centro de São Paulo, na Praça da Luz. Se você ainda não teve a oportunidade de conhecê-lo, por favor, dedique um tempo a isso. Um sábado à tarde pode ser o momento perfeito para um belo passeio no Museu. 

Essa minha visita ao museu já faz um tempo, e eu adoraria visitá-lo novamente. E como de costume, fotografei aquilo que eu gosto, e compartilho aqui porque acho que vale a pena.

Álvaro de Campos - excerto de TABACARIA / 1928







Estação da Luz - SP

Praça da Luz - SP

Pinacoteca de São Paulo - localizada também na Praça da Luz

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A injustiça da justiça.

Como lidar com as injustiças da justiça? Talvez isso que eu chamo de injustiça seja apenas um reflexo da “teoria da relatividade”, aplicada as ciências sociais.

Ela tinha 23 anos quando chegava do trabalho e foi abordada por homens no portão de casa. Ela se assustou e levou um tiro. Eles levaram o carro e ela perdeu o movimento das pernas. Depois de um tempo, eles foram presos e ela perdeu a vontade de viver do lado de fora da vida. Já se passaram 10 anos e ela continua dizendo que gosta de ver o mundo da janela.  


Não sei dizer se o homem que atirou ainda está preso. Mas o que nem todo mundo sabe é que a previdência social oferece o benefício auxílio-reclusão para esposa e filhos dos encarcerados. Já a família da vítima ficou com toda a responsabilidade e os custos para cuidar da sua saúde e bem estar.  

Tenho um coração bom e consigo entender que as famílias dos criminosos possam precisar de ajuda. Mas sou completamente contra que suas famílias recebam um "benefício" diante de uma situação nem um pouco digna de benfeitoria. Se a família do preso precisa de uma complementação orçamentária, ok, a prisão deve(ria) oferecer condições para os presos gerarem renda lá mesmo (afinal, mente vazia, oficina do diabo, né?). Claro que isso exigiria que o governo fosse capaz de garantir o MÍNIMO dentro das prisões, como condições de higiene, pro pessoal não precisar mais de fossas sanitárias, saca?


[...]

Toda história tem dois lado, sempre.

Se para o preso tem auxílio-reclusão, para as vítimas em casos como esse, por exemplo, existe um benefício chamado auxílio-acidente, mas ele é apenas válido para trabalhadores empregados, por isso, não engloba donas de casa, empregadas doméstica, estudantes...

Agora, é um tanto preocupante saber que os direitos humanos servem direitinho aos bandidos, mas quando se trata dos direitos de pessoas honestas, toda a responsabilidade é desresponsabilizada. É claro que eu não sou adepta da máxima “olho por olho, dente por dente”, mas, enquanto os direitos humanos zelam pela integridade física dos bandidos (que eu até acho justo, em momentos de pleno equilíbrio, rs.), quem defende o direito de ir e vir EM SEGURANÇA? Quem garante o direito à educação de qualidade e serviços de saúde dignos? 


O filme Tropa de Elite 2 trata, bem no comecinho, desse assunto dos direitos humanos protegendo o direito dos presos. Aliás, se você ainda não assistiu a esse filme, #ficaadica. O filme é ótimo pra fazer a gente ampliar um pouquinho mais nossas margens.

Cena do filme Tropa de Elite 2: detalhe para a camiseta dos Direitor Humanos manchada de sangue.

É claro que dentro da lógica da desresponsabilidade e dessa filosofia do “cada um faz a sua parte” você pode até pensar: “Pô, a Priscila tá misturando as sintonias, os direitos humanos não tem nada a ver com políticas públicas (in) eficientes”. Pois é, não tem nada a ver dentro de uma sociedade desarticulada.

Essa mistureba toda me fez lembrar de uma historinha que veio em uma das minhas antigas agendas escolares, e eu acho que vai cair bem nesse post.

Esta é uma história tradicional. São quatro personagens: 

- Todo Mundo
- Alguém
- Qualquer Um
- Ninguém

"Havia um trabalho importante a ser feito e Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria. Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho de Todo Mundo. Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo. Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.“ Autor desconhecido.


Para mais informações sobre os auxílios da previdência social que mencionei nesse post:



terça-feira, 12 de julho de 2011

Medo.

A cada dia que passa eu (re)conheço mais todos os meus medos. E mesmo assim, ainda não consegui encontrar um jeito de substitui-lo por outra coisa... Penso sobre meus medos mas não consigo enfrentar, nem lidar... Na real, eu nem consigo admitir em voz alta, mas deixemos pra lá, porque às vezes, nossos medos não fazem sentido, não tem um fundamento lógico e por isso, ninguém mais consegue entendê-los além de nós mesmos.

Resolvi pesquisar o medo no meu site de imagens favorito (piccsy.com). Compartilho aquilo que achei mais interessante e o que faz  sentido dentro da minha incongruência de pensamentos e atitudes...










E você, tem medo de que?

Mural de Recados II











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sexta-feira, 8 de julho de 2011

25 anos.

Sabe quando dá um clique e a gente pensa: "Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou. Mas tenho muito tempo. Temos todo o tempo do mundo"... ? 
Deu saudade do passado e uma vontade de viver tudo isso que está por vir.

Já faz um tempo que venho me dedicando a produção desse vídeo. Pode parecer meio egocêntrico, mas não foi essa a intenção. Entrei num clima de relembrar minha infância, meus primos, meus amigos, as brincadeiras... E são tantas coisas acontecendo nessa fase da vida, tantos encontros e desencontros, tantas despedidas, amigos se casando, constituindo família, indo e vindo e, sei lá, decidi resgatar essas fotos antigas, misturar com as recentes, e recontar um pouquinho da trajetória da minha vida, até agora. E compartilhar aqui no blog é só uma consequência do quanto fico feliz com o resultado.


Ah, claro, aproveitei para tentar me aperfeiçoar mais no Movie Maker! 

O vídeo ficou simples, eu sei, mas minha mãe gostou e se emocionou. 
E só isso já vale mais do que tudo ^^

Bom fim de semana, pessoal!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ponto de vista.

Divergências de pontos de vista costumam gerar conflitos e polêmicas. 

Você conhece o conceito de etnocentrismo? Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.




As pessoas observam as outras culturas em função da sua propria cultura, tomando-a como padrão para valorizar e hierarquizar as restantes.

É contraditório, mas faz todo o sentido.

O fato de que o ser humano vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
(...)


né?


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mural de Recados I


Adoro encontrar essas mensagenszinhas pela internet. E por isso criei esse post hoje, em forma de mural de recados. Assim posso compartilhar com quem visita meu blog algumas dessas mensagens que, dependendo do dia, do humor, da circunstância, fazem alguma diferença. Vou tentar montar posts assim mais vezes, foi essa a intenção do título: Mural de Recados I.

Boa semana, pessoal! Ela promete muitas coisas boas! ^^